Crise em Burkina Faso

O Exército e a sociedade civil aprovaram, por unanimidade, um documento que fixa as instituições de transição em Burkina Faso, uma etapa para a volta à normalidade após os militares derrubarem o presidente Blaise Compaoré, no dia 31 de outubro.

“O documento foi aprovado por unanimidade”, afirmou Henry Yé, presidente da comissão que reúne oposição, autoridades religiosas, personalidades, sociedade civil e Exército.

A adoção desta ‘carta da transição’ ocorreu sob aplausos dos cerca de 80 delegados presentes, que cantaram o hino nacional.

De acordo com o documento, o presidente de transição, nomeado por um colégio eleitoral, e o presidente da Assembleia Nacional, denominada Conselho Nacional de Transição (CNT), serão civis.

O Exército, que pretendia indicar o presidente do CNT, acabou cedendo nesta quinta-feira, admitiu o tenente-coronel Isaac Zida, homem forte do país africano.

O primeiro-ministro, nomeado pelo presidente, poderá ser civil ou militar, e comandará um governo de 25 membros.

O Exército tomou o poder em Burkina Faso no dia 31 de outubro, após derrubar Compaoré, que governava há 27 anos e pretendia modificar a Constituição para seguir na presidência.

Extraído de g1.globo.com em 14/11/2014