Uma reflexão sobre a autoestima

 

Amando a mim mesmo para amar o próximo

Segundo alguns estudiosos da psique humana:

A autoestima é a parte do nosso autoconceito que torna a nossa couraça emocional mais ou menos resistente. Amar a nós mesmos de forma incondicional é, sem dúvida, a pedra fundamental do bem-estar psicológico, porque embora o conceito de amor próprio possa parecer simples, é realmente mais importante do que se imagina.

É impossível ser feliz se você não amar a si mesmo. Não importa o que aconteça, o que as pessoas digam, os nossos fracassos, amar e se aceitar é o alicerce para construir uma vida cheia de satisfação, prazer e realizações.”(*)

Claro que, como cristãos, devemos desenvolver esse tema dentro dos princípios eternos contidos na Palavra de Deus, levando em conta que muitas teorias da psicologia têm sua premissa no hedonismo e antropocentrismo.

Contudo, a “autoestima” é sim um assunto inserido no Cânon Sagrado de uma forma muitas vezes não muito atraente à vista de uns ou pouco explorado pelo interesse de outros, vejamos o exemplo do segundo e mais importante mandamento da Bíblia.

A Bíblia, a Palavra de Deus, deixa claro que quando amamos a Deus por inteiro e nos interessamos pelo nosso próximo como nos interessamos por nós mesmos, cumprimos o propósito dos Dez Mandamentos (Êx 20:1-20) e das demais leis do Antigo Testamento, conforme ensinou o próprio Senhor Jesus ao afirmar que estas duas regras resumem toda a Lei de Deus (Mt 22:36-40).

Sim, aprendemos e ensinamos que amar ao nosso próximo no cristianismo e a nós mesmos é o segundo grande mandamento do Reino (Rm 13:9) sendo considerado a “Lei régia das Escrituras” (Tg 2:8). Contudo, damos uma grande ênfase a parte referente ao nosso “próximo” e pouca ao restante do versículo: “…, como a ti mesmo.” (Mt 22:39).

Sim, sabemos que amor próprio também foi corrompido e é a raiz de pecados maiores (Rm 1:28-32) e deve ser deixado e mortificado (Rm 6:6; Ef 4:22); mas há também um amor próprio que serve de base e como regra do dever maior: “amar a si mesmo”, no sentido de ter o devido interesse pelo bem-estar de nossa alma e de nosso corpo (Ef 5:29-30; 3 Jo 1:2). Mas,…

“A aprovação incondicional de si mesmo é uma tarefa tão difícil que, apesar da redundância, é muito difícil encontrar pessoas que realmente se amem de verdade.

Nós não sabemos exatamente por que o ser humano, geralmente, ama tão pouco a si mesmo. Parece que tem a ver com o ego e com o desejo de se destacar do restante dos mortais. Quando queremos ser especiais ou melhores do que os outros, acabamos amargurados, pois descobrimos que também temos deficiências e limitações e, que não somos tão únicos como pretendíamos ser.

Isso faz com que o pensamento polarizado, que diz que tudo é branco ou preto, aflore em nossa mente e acabe criando em nós um diálogo interno como: ‘Se eu não me destaco dos demais, então não valho nada’.

Portanto, a chave para ter uma autoestima saudável é não se valorizar exageradamente, e se sentir tão importante como todos os outros seres humanos.” (*)

Sobre esse tema, Paulo escreveu aos romanos: “...; digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém;…” (Rm 12:3).

Essa expressão de Paulo indica que o cristão deve pensar com “moderação” a respeito de si e do serviço prestado no Corpo de Cristo. É diante da “graça”, sabendo que tudo vem de Deus e é para glória dEle, que precisamos saber quem somos, ter uma autoimagem acurada, equilibrada e sobretudo “moderada”. Uma “mente renovada” (Rm 12:2) está capacitada a ter uma visão correta de si mesmo, sem se desvalorizar e nem superestimar (Mt 18:1-4; Fp 2:3-6).

Sendo assim se nos avaliarmos conforme as normas do mundo, no que tange a aparência, os lucros e o êxito, corremos o risco de darmos muita importância ao valor que se tem ante os olhos dos outros e perder o verdadeiro valor ante os olhos de Deus (1 Sm 16:7; Sl 147:10-11; Lc 16:15). O segredo para uma avaliação honesta e fiel é conhecer as bases de nosso verdadeiro valor (Mt 16:26; 1 Pe 1:18-19).

Desta forma, nessa avaliação de si mesmo, há dois perigos que precisam ser evitados, por isso Paulo diz: “não pense de si mesmo além do que convém;…”. O primeiro “o complexo de superioridade” (1 Co 12:21); o segundo, oposto e tão nocivo quanto o primeiro, é o “complexo de inferioridade” (1 Co 12:15-18) que gera a baixo autoestima.

Sim, devemos amar a nosso próximo tão verdadeira e sinceramente como nos amamos a nós mesmos. Precisamos nos amar para também amar ao próximo. Caso contrário, corremos o risco de desenvolver distúrbios relacionados com a baixo autoestima como o artigo destacado abaixo enfatiza. E lembre-se sempre:

Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” (1 Jo4:19)

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Que DEUS nos abençoe! E que o Espírito Santo fale aos nossos corações!

Anderson Fazzion,
Coordenador do CIM
WH Brasil

 


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Cuidado Integral do Missionário – WH Brasil.


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